Um itinerário cultural e espiritual
Inicialmente percorridos por motivações marcadamente religiosas, os caminhos de Santiago são, nos dias de hoje, itinerários culturais e espirituais, sendo inegável o contributo destas peregrinações, ao longo de doze séculos, para o desenvolvimento das diversas culturas que compõem a identidade europeia. São doze séculos a promover a comunicação e o intercâmbio de ideias, a difundir conhecimento e a partilhar culturas em prol da consolidação de um espaço que se tornou cada vez mais comum. Doze séculos a desenvolver um papel relevante na construção e partilha de memórias e tradições. Tal importância valeu já o reconhecimento pela UNESCO de três dos itinerários que compõem a rede jacobeia como Património da Humanidade. São eles o Caminho Francês (1993), e os caminhos Primitivo e do Norte (2015). Há, no entanto, outras candidaturas em análise.
